Revista Mineira de Psicanálise – Nº2

Passaram-se quatro anos desde o lançamento do primeiro número as Revista Mineira de Psicanálise. Mas a Revista não esteve em nenhum momento parada. Gestava pulsante nas mentes do GEPMG.

A busca por uma forma de expressar e fazer a escrita esteve em nossas discussões, fundamentando que este número 2 pudesse nascer forte e representativo.

Muito precisamos aprender, em um grupo pequeno, quanto ao quehacer, da criação de uma Revista. As fantasias, de um lado, e as exigências realísticas, de outro, nos apresentam um quadro a relutar e a avançar. Então, com a ajuda de várias pessoas, os textos começaram a fluir, se apresentaram, chegaram até as editoras.

Tomamos como certo que precisamos valorizar o pensamento e tentamos fazê-lo de forma variada. Clientes de que o mundo vive o que Leonardo Boff chama de “a Segunda Grande Transformação no campo da consciência” (2015), trazemos a lume não somente a produção dos colegas de Sociedades Psicanalíticas, mas também dos mestres ligados à Psicanálise, que já são bibliografia há mais de trinta anos, com contribuições inestimáveis e históricas.

Assim, tentamos um tour pelo mundo. Colaboradores aparecem em cada esquina. Interessados surgem e nos mostram como a elaboração de uma Revista pode ser a esperança de mantermos a produção psicanalítica escrita, um instrumento de vitalização do nosso dia a dia, mais além do consultório, das salas de seminários e grupos de estudo, buscando o mundo da academia, das lutas sociais, das artes, da ecologia.

Gostaríamos de oferecer aos nossos leitores uma vasta gama de reflexões de vários níveis e teorias, sempre em sintonia com a ideia de que é na multiplicidade e na variedade que podemos nos livrar de qualquer tendência, permitindo que o humano, comprometido com Eros, viceje.

Citando Boff,
[…] em nome desta consciência e desta urgência, surgiu o princípio responsabilidade (Hans Jonas), o princípio cuidado (Boff e outros), o princípio sustentabilidade (Relatório Brundland), o princípio cooperação ( Heisenberg/Wison/Swimme), o princípio prevenção/precaução (Carta do Rio de Janeiro de 1992, da ONU), o princípio compaixão (Schoppenhauer/Dalai Lama) e o princípio Terra (Lovelock e Evo Morales), entendida como um superorganismo vivo, sempre apto a produzir vida (BOLETIM CARTA MAIOR, 09/05/2015).

Nossa Revista Mineira de Psicanálise também se propõe a trilhar as várias possibilidades de incentivar o pensar.
Que pensemos! E que pensando e escrevendo, analisando, sonhando e nos engajando nas artes e nas humanidades sempre, possamos contribuir com um mundo para todos!

Eliane de Andrade
Editora da Revista Mineira de Psicanálise