De onde brotam os papéis que vestimos sem perceber? Partindo da ideia de que cada sujeito carrega um palco íntimo, este artigo apresenta a dramaturgia psicanalítica do social. Sustentamos que os papéis psíquicos são roteiros inconscientes coescritos por fantasias edípicas e pelos scripts culturais de gênero, raça e classe. Quando esses roteiros se chocam, emergem sintomas, improvisos dolorosos. Exploramos os níveis micro, meso e macro da vida psíquica, mostrando como tais fraturas se desenrolam na transferência, na contratransferência e nos enactments — cenas privilegiadas de elaboração. Depois, saímos do consultório e perguntamos: o que acontece quando esses dramas migram para as redes digitais e para práticas extramuros. Por fim, defendemos uma formação ampliada do analista, que una rigor clínico e compromisso ético com a transformação social, oferecendo ferramentas capazes de manter a psicanálise em cartaz no século XXI.
Expediente
REVISTA MINEIRA DE PSICANÁLISE
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Minas Gerais – SBPMG
Filiada à International Psychoanalytical Association – IPA
Volume 8. 2025
ISSN Nº 2236-8973
Editor: Leonardo Siqueira Araújo (SBPMG)
Conselho Editorial:
Maria Goretti Machado (SBPMG)
Cecilia Cruvinel Colmanetti (SBPMG)
Revisão e Diagramação
Carina Souto
Secretária da SBPMG
Diana Ferreira